Três pessoas envolvidas no suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil depõem nesta terça-feira (28) na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Entre os depoentes está o empresário e consultor Rubnei Quícoli, que denunciou o esquema, e dois sócios da empresa para quem Quícoli trabalhava.
O depoimento ocorre por meio de carta precatória, uma vez que a investigação corre em Brasília. Neste caso, o delegado local colhe o depoimento e envia ao delegado responsável pelo inquérito em Brasília.
Rubnei Quícoli acusou pessoas ligadas à ex-ministra Erenice Guerra de cobrança de propina para intermediar um contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele afirmou que parte da propina ia para campanhas do PT, mas o partido negou. As denúncias de irregularidades na Casa Civil foram responsáveis pela saída de Erenice do cargo.
Também depõem dois sócios da EDBR, empresa para qual Quícoli prestava consultoria e que poderia ter se beneficiado da fraude, se ela tivesse se concretizado, de acordo com Quícoli: Aldo Wagner e Marcelo Escarlassara. A assessoria de imprensa da PF confirmou que os três vieram depor à sede da PF, mas disse que, por volta do meio-dia, que não poderia informar se eles ainda estavam no local. Os três entraram sem ser vistos pela imprensa.
Os sócios da EDBR deixaram a sede da PF em horário não informado. Quícoli, conforme a PF, continuava a prestar depoimento por volta de 15h30 desta terça.
Quebra de sigilo
Também estava marcado para a manhã desta terça na sede da PF em São Paulo o depoimento do contador Antonio Carlos Atella, que usou uma procuração falsa em nome de Veronica Serra, filha do candidato à Presidência José Serra (PSDB), para acessar cópia do imposto de renda dela. Trata-se de uma investigação diferente da do caso de tráfico de influência.
Também estava marcado para a manhã desta terça na sede da PF em São Paulo o depoimento do contador Antonio Carlos Atella, que usou uma procuração falsa em nome de Veronica Serra, filha do candidato à Presidência José Serra (PSDB), para acessar cópia do imposto de renda dela. Trata-se de uma investigação diferente da do caso de tráfico de influência.
Atella foi indiciado no inquérito, ou seja tornou-se oficialmente suspeito de participar da fraude, na semana passada. Ele prestou depoimento à tarde, durante cerca de uma hora e meia.
Neste inquérito, a PF investiga o vazamento de dados de pessoas ligadas ao PSDB por parte de servidores da Receita Federal. Além do sigilo de Veronica Serra, também foram violados os dados de Eduardo Jorge, vice-presidente do PSDB.
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